Perto de
casa pousam os aviões
Seguindo
as rotas do seu pousar
Olhamos
por longos anos o céu
O comportamento
das árvores
A cada
fase diferente do ano;
Provando aqui
do mel e do fel.
Vimos que
as folhas caem e voltam
Entre frutos,
floresce o esverdear
Mais
clorofila no pulmão terrestre
Os índios mortos
à bala ou de peste
A sensação
de que tudo vai acabar.
Os aviões
carregam gente para lá
Na vida, ida
e vinda, o doce e o sal
Nosso
olhar caridoso que ascende
Faz manter
aceso fogo em castiçal
Pois também
transportam para cá.
Rasgando o
céu, o voo é barulhento
Porque entra
em outra alma também
Alma das
nuvens, coração pleno amor
A altivez da
altitude do voo do condor
A sensação
de estar mais perto do além.
O avião armado
na cabeceira da pista
Nossas
bagagens cheias de muito amor
Silêncio
pleno e muita paz profunda
Longe dos
seres tacanhos e egoístas
Nem deixemos,
também, para aprender
apenas pela dor.
(Cristiano Jerônimo |
Recife | PE | 279420210)
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