quinta-feira, 22 de abril de 2021

Juremas da esperança

 


Macaco velho na cumbuca

Com sua banana mecânica

Pulando em cima da Urca

A brisa marítima oceânica.

 

Vales molhados de nuvens

O olhar encantado do sol

Equalizando o frio da alma

Do nascer do dia ao arrebol.

 

Na minha terra tem juremas

Onde também canta o sabiá

O povo que vem da roça

Tem muito a nos ensinar.

 

Mas,

 

Cavalo que morde a língua

Sujeito que não paga conta

Infecção que não dá íngua,

Teorema que não demostra.

 

Fábulas e mentiras; vida real

Acertos e intrigas, no normal

Ânimo e fadiga naquele canto

Dualismo que a vida nos deu.

 

Não foi antes do consumo

Nos idos da idade antiga

Os povos buscavam rumo

Mas não havia mão amiga.

 

Hoje,

Dominados se libertam

Operários enfim trabalham

Uns acertam, outros erram

E todos vencem essa batalha.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – Taubaté – SP – 22042021)

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