domingo, 18 de abril de 2021

Sem mito e sem paixão



As paixões são emoções de natureza exógena

O espio e curiosidade de todos os que desejam

Perspectiva e concretização, vidas endógenas

O que quiseres, que todas as boas coisas sejam.

 

Cosmonautas vibram ao saber sem ter o quê

Da enorme diferença entre “amores” e amor

O sapato de cor vinho não passa onde passou

Não serve mais e leva consigo lugares e vistas;

                                               Agora é esquecer.

 

Amores são seres bonitos e amáveis por dentro

Por fora, são animados, filmados para sempre

Costumam arrebatar e juntar muito mais gente

Amores são como ocasiões para bater o centro.

 

O mistério do amor reside calado nu e no peito

Evidente e inseguro na vã ansiedade de se ter

Somos tudo aquilo que nós podemos ser e fazer

Mais vale na vida a consideração e o bem-querer.

 

Só o amor está além dos limites transcendentais

O ponto objetivo traçado para todos os espíritos

Transpõe montes e quebra amarras de tempos

Herança da miscigenação dos nossos ancestrais.

 

O amor mouro, de maneira árabe, até mesmo

Amor cristão, amor muito mais que a ilusão

Amor que vai além, muito além do coração

Cristal de mercúrio que não se deixa a esmo.

 

Coisa boa que não se deixa à toa nesta vida

No andar das carruagens surgiram miragens

Visões repentinas de um amor tão improvável

Que aconteceu e gerou uma vida bem comprida.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 18042021)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Somos animais