As paixões
são emoções de natureza exógena
O espio e
curiosidade de todos os que desejam
Perspectiva
e concretização, vidas endógenas
O que
quiseres, que todas as boas coisas sejam.
Cosmonautas
vibram ao saber sem ter o quê
Da enorme
diferença entre “amores” e amor
O sapato
de cor vinho não passa onde passou
Não serve
mais e leva consigo lugares e vistas;
Agora
é esquecer.
Amores são
seres bonitos e amáveis por dentro
Por fora,
são animados, filmados para sempre
Costumam arrebatar
e juntar muito mais gente
Amores são
como ocasiões para bater o centro.
O mistério
do amor reside calado nu e no peito
Evidente e
inseguro na vã ansiedade de se ter
Somos tudo
aquilo que nós podemos ser e fazer
Mais vale
na vida a consideração e o bem-querer.
Só o amor está
além dos limites transcendentais
O ponto objetivo traçado para todos os espíritos
Transpõe montes e quebra amarras de tempos
Herança da miscigenação dos nossos ancestrais.
O amor mouro, de maneira árabe, até mesmo
Amor cristão, amor muito mais que a ilusão
Amor que
vai além, muito além do coração
Cristal de
mercúrio que não se deixa a esmo.
Coisa boa
que não se deixa à toa nesta vida
No andar
das carruagens surgiram miragens
Visões
repentinas de um amor tão improvável
Que
aconteceu e gerou uma vida bem comprida.
(Cristiano
Jerônimo – 18042021)
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