Nos tempos do azul
São trinta lapas de doidos
São trinta loucos sentados
Milhões de desejos partidos
E um coração esquartejado.
São trinta copos de nada
Na dose que é só ilusão
Na virada que um dia dá
Dias de chuva e solidão.
São trinta dias imaginando
Quinze dias escrevendo
E outros 15 trabalhando
Pra tentar ficar sabendo.
São trinta vezes o nada
no período de um mês
Vivem cursos de estrada
Não lembram a insensatez.
São trinta copos de pinga
Com mais trinta de chope
Embriaguez vindo a galope
Ressaca que nunca termina.
*“São trinta copos de chope,
são trinta homens sentados
Trezentos desejos presos
trinta mil sonhos frustrados”.
*Estrofe do poeta Carlos Pena Filho | Poema Híbrido.
| O poeta do azul | Soneto do desmantelo azul, blue!
(Cristiano
Jerônimo – 02092021)
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