quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Para a coragem, a estrada!

 


Mais que palavras ao vento

É inimaginável ver e crer

Naqueles olhos de morcego

Escondendo uma antiga fera

Que não se movia nem amava

Um saco inútil de lama

Cujos impropérios já eram

No mundo, não há ninguém

Na vida que não seja a sós

Quando nos falta vontade e voz

Coragem de sermos nós mesmos

Em busca das coisas mais do além

Dos vampiros que não mordem

Pois nem dentes eles têm

Um chupa-cabras tímido e assustado

Com medo...

De entrar para a lista de extinção.

A máquina bebe muito sangue!

Chega aqui uma onça infame

Das caatingas de jurema envenenada

Que os frouxos se afastam logo

E liberam para a coragem, a estrada

Porque vida é vida e mais nada!

 

(Cristiano Jerônimo – 01092021 | Taubaté - SP)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pássaro colorido

  Esgotamos a possibilidade De sorrirmos lado a lado De saber o que é verdade Alma e corpo desnudados Soldados sem ter sentido F...