Mais que palavras ao vento
É inimaginável ver e crer
Naqueles olhos de morcego
Escondendo uma antiga fera
Que não se movia nem amava
Um saco inútil de lama
Cujos impropérios já eram
No mundo, não há ninguém
Na vida que não seja a sós
Quando nos falta vontade e voz
Coragem de sermos nós
Em busca das coisas mais do além
Dos vampiros que não mordem
Pois nem dentes eles têm
Um chupa-cabras tímido e assustado
Com medo...
De entrar para a lista de extinção.
A máquina bebe muito sangue!
Chega aqui uma onça infame
Das caatingas de jurema envenenada
Que os frouxos se afastam logo
E liberam para a coragem, a estrada
Porque vida é vida e mais nada!
(Cristiano Jerônimo – 01092021 | Taubaté - SP)
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