quarta-feira, 22 de setembro de 2021

FAZENDA INTERGALÁTICA



O rei podia se angustiar em delírios

O plebeu adoentado era “preguiçoso”

Os escravos em seus longos martírios

O homem branco, o dono presunçoso.

 

Acertaram a testa de Gertrudes ontem

Um ser mais forte e brutal que covardia

Um gênero que reivindica ser homem

Quando muitos na família fazem a tirania.

 

A rainha podia ser louca, mas não o povo

Os filhos da mãe do Brasil não conhecem

O poder de parar tudo e começar de novo

O gravata do Planalto militarizaria o bem.

 

A princesa tinha que enamorar escondida

A moça não podia optar pelo seu destino

As regras da corte e a cor das mordidas

Retratava o preconceito desde menino.

 

Na Fazenda Intergaláctica, o bem vibra

Todos cuidam do coletivo comunitário

São seres sem a balança que equilibra

Mas as elites fazem o bem ao contrário.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 22092021 – Taubaté/SP)


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