Linhas alinhavavam teus tecidos
E tua mágica revelava
teus dias
Eram os
corações tão repartidos
Mas belos
momentos de alegria.
Cordas de
caruá, cera da carnaúba
Cabeça dançante em seus maracás
Samba de coco
bate o pé, batuque
Não importa onde estarás amanhã.
Carro de boi
debaixo do juazeiro
Com os ricos
engenhos de artes
A temperatura da terra em alta
Pela mente escaldada
Dos políticos tapurus
Sistema em decomposição.
Não nasci para
ouvir essa conversa
Prefiro um bode ruminando no ouvido
Eu que era só
uma pequena atração
Encaixei passo-a-passo minhas peças
Com as pedras, uma pequena represa
Com água e justiça dentro do coração.
Seria aquilo
tudo uma mera ilusão
Ou seria mesmo
a vida pedindo paz?
As pessoas sendo passadas para trás
Com uma ternura pura vista jamais.
A inocência de quem precisa de pão
é maior do que a capacidade de reagir
O medo invólucro tem que explodir
Não é uma questão de Deus operar...
Depende de nós mesmos a reação
O educar para sabermos quem somos
e, assim, aquilo que nos representa.
Observadas do ponto de vista societal
Conclui-se quanto o pequeno burguês
Investe para se tornar um dominante
Na verdade, ele se sente representado
Enquanto é tão iludido e explorado
Tem coragem de ficar do lado errado
É lento, injusto, acintoso o momento
Daqui há dois anos, acaba o tormento
O cíclico retorna para o mesmo lugar.
(Cristiano
Jerônimo – 20-21/092021)
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