quinta-feira, 28 de outubro de 2021

No sertão e no mar



Nas areias da caatinga sem pasto

Todos os bichos pastavam

E não encontravam nada

Para viver do farelo e do sal

Ração pesada para animal.

 

Gado é como sustentar famílias

Já o bode se vira; sobe a serra

E come folhas e pastos secos

Quando está em apuros berra

Também come frutas frescas.

 

Os calangos, tejus e tatus-peba

Trazem consigo a ancestralidade

Dos homens que cuidavam dela

Ao que eu me refiro é à terra

Muito fogo e motosserra na mata.

 

Eles são brutos, arrogantes, vis

E uma massa equivocada segue

Com pobres de ultra direita

Avalizando os desmandos de lá

Essa pobreza é quase uma seita.

 

Nas areias das praias desertas

Todos os peixes nadavam

E não estranhavam nada

Viviam das algas e do sal

Ração natural para animal.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 28102021)

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