terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Esotérico místico


O sofrimento de um místico

Não esperava compreensão

Já que o justo vinha do além

Delimitava-se como um cão

Um ser que sabe que aprendeu

Um sábio que não sabe nada

O tempo revela véus de sonhos

As imagens felizes das colheitas

Sem poeiras ao longo da estrada

No lombo do cavalo sempre indo

Em longas cavalgadas no nordeste

Quem tangia um boi, tangia boiada

A mais de 200 léguas adentro

Mais outras 200 léguas afora

Aboio, estalagens, currais da noite

Duzentas cabeças de gado a levar

Sem querer escravos, sem o açoite

Mostra-lhe um barco e aponta para a vastidão do mar,

Bisnetos esotéricos com as suas místicas naus a brilhar.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 08022022)

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