O sofrimento de um místico
Não
esperava compreensão
Já que o
justo vinha do além
Delimitava-se
como um cão
Um ser que
sabe que aprendeu
Um sábio que
não sabe nada
O tempo revela
véus de sonhos
As imagens
felizes das colheitas
Sem
poeiras ao longo da estrada
No lombo
do cavalo sempre indo
Em longas
cavalgadas no nordeste
Quem tangia
um boi, tangia boiada
A mais de
200 léguas adentro
Mais outras
200 léguas afora
Aboio,
estalagens, currais da noite
Duzentas cabeças
de gado a levar
Sem querer
escravos, sem o açoite
Mostra-lhe
um barco e aponta para a vastidão do mar,
Bisnetos esotéricos
com as suas místicas naus a brilhar.
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