Não sabia se era hoje
O que vinha depois
Nem pensei nos detalhes
Pus o carro após os bois
No papel do compromisso
Do inexorável amanhã
Sol nascente de manhã
Paraíso sem maçã
E uma pomba da paz
Voando com os urubus
No chorume de nós mesmos
No calar do pensamento
A gente se engana
E elege quem vai destruir
Para que se possa insistir
Em acabar com a mata
Com as águas volumosas
Enterradas com pá de cal
O planeta perfeito de H₂0
Uma das moradas sagradas
Construída pelo nosso Pai.
(Cristiano
Jerônimo – 22082022)
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