segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Planeta perfeito de H₂O


Não sabia se era hoje

O que vinha depois

Nem pensei nos detalhes

Pus o carro após os bois

No papel do compromisso

Do inexorável amanhã

Sol nascente de manhã

Paraíso sem maçã

E uma pomba da paz

Voando com os urubus

No chorume de nós mesmos

No calar do pensamento

A gente se engana

E elege quem vai destruir

Para que se possa insistir

Em acabar com a mata

Com as águas volumosas

Enterradas com pá de cal

O planeta perfeito de H0

Uma das moradas sagradas

Construída pelo nosso Pai.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 22082022)

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