Salteadores do oeste e carruagens
Com
as suas linhas e histórias vãs
Homens
artísticos de bicos de pena
A
vida pode se resumir num divã
Todos
com a verve das escrituras
Os
homens que foram às alturas
Não
tiveram tempo pro amanhã
Alexandre
e Maquiavel são vãs
Com fio nesta navalha afiada
E
uma cruz com uma espada
Duelando
no meu pensamento
Vi
o fim das máquinas de escrever
Dos
cursos de datilografia
Preceito
para trabalhar e viver
No
suor e no sufoco do dia a dia
Assando
à noite para comer de dia
Como
quem faz e não para de fazer
Como
cães mordendo os seus rabos
Seja
na alma, na matéria ou energia
Um
chambaril quente aos sábados
Um
sushi casual nas noites claras
Um
café na esquina, uma rua e só
Ouvindo,
de um lado, as araras
Do
outro, os passos dos cágados
e 0s automóveis! Gasolina pura!
Se
eu estivesse mesmo vivo
Poderia
transformar terra em ouro
Na
mais completa sessão de alquimia
Com
luzes acesas em candelabros.
(Hyerônimus Bosch – 19.08.2022)
Nenhum comentário:
Postar um comentário