Desconfie de quem vive amoitado
Falando a verdade do outro
lado
Confie no muito, no pouco
também
Acredite no hoje e no mais além.
Quem se esquece demais
fica só
Quem tem garganta sente o
nó
Do abandono que assola o
país
Etecetera, meu passo de aprendiz.
De uma escola encantada
Tapumada por uma estrada
Ligada à imensidão da luz
Só não voa quem não quer
Só não anda quem não vai.
Quem muito se levanta, cai
Quer ficar entre os
primeiros
Perder voltando como vai
Sem regar as flores do
canteiro.
Só quero saber do que me
interessa
E pouco importa se me
interessa muito
Eu nasci desamarrado e
ainda posso voar
Eu nasci alado para além
das gaiolas.
(Cristiano
Jerônimo)
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