segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Movimento uniforme contínuo variado

 


Na verdade, não gosto dos espelhos

Sem intuição, penteio meus cabelos

Saio pelas ruas a sentir o que traduz

Indo sempre atrás da alma desta luz

Das cidades, como gosto de Floresta

Da pouca água que para nós nos resta

Da trilha que ainda falta ir desvendar

Para eles, qualquer espécie de segredo

Acima das reflexões, mancadas, versos

Pintando pensamentos, preto e branco

Que, na madrugada, vêm nos assustar

Amanhece o dia para bater o seu ponto

Acaba sempre à noite sem ninguém ver

Os sonhos e os vícios; Mestre dos Magos

Redundância oportuna, alma de aprendiz

O Ser humano tem o elo com o alto altar

Está nas escrituras, nas tradições do lar

Versos apurados em milênios passados

Sobre o poder que tem a ação da caridade

Sermos sadios e tranquilos na longa vida

Ser o que não quer faz parte disso também

Os tiranos ascendem destinados à morte

E, hegemonicamente, perdem o seu poder

Lá, a guerra cotidiana para se viver sóbrios

A fé e a esperança; a crença que vai mudar.

 

[O universo está em movimento contínuo.

Nunca no mesmo lugar. Não conseguimos

Mudar...]

 

 

(Cristiano Jerônimo – 26102024)

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