quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Todos aqueles que estão por vir



Nas florestas imponentes

No futuro dessa gente

Chega até a não acreditar

O dinheiro é uma moeda

São dois lados invisíveis

Um que sobe outro da queda

Com uma vitrine no meio

Sem sutiã em teus seios

O suor foi todo o melhor

Manequins e intimidades

Na parede larga secular

Que capitalismo é esse?

A maioria apenas sonha

E, se tivesse em La Plata,

Iria plantar; o que fazer?

As caravelas que desfilam

No varal dos nossos recortes

O canto mudo do assum preto

O batuque da Serra da Zabumba

O sonhar com a terra prometida

Motor propulsor com ânimo zen

Adaptado pelo modo on e do bem

Se bem que bem para quem?

A mente já está bem decidida

A pele muda mais com a ferida

Eu não te vi envelhecer nem nada

Ninguém viu ninguém cresce na estrada

Sei da estatura dos meus sonhos

Para não deixar tudo desprotegido,

Conservar o planeta limpo e fresco

Para todos aqueles que estão por vir.

 

 

(Cristiano Jerônimo Valeriano – 13112025)

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