sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Caminho guardado



Os psicotrópicos,

a contradição.

Esses propósitos

uma outra ação

positiva!

Altiva,

uma alternativa,

uma solução.

 

Para que

as partes vivas

sejam positivas

tipo uma canção.

Para que

os sonhos ruins

não venham mais;

E que o coração

encontre a paz.

 

Os hipnóticos,

os anestésicos,

as dores estéreis

e as cicatrizes

de Helena...

Sempre flertando

com a papoula

da ilusão.

Que pena...

 

Os escritos

seculares,

os livros mais sagrados;

os alimentam de coragem

para trilhar essa estrada

para chegar a um lugar

tão difícil de encontrar.

Mas que está guardado lá!

 

(Cristiano Jerônimo – 12012025)

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Como a arte, devoro a ciência


Eu pinto com as palavras faladas também

Escrevo minhas crianças e a cigana vem.

Vem sem eu chamar e a recebo feliz;

Falo com ela de todos os medos que passei.

 

Não consigo viver longe do mar. E sou do sertão.

Não sei se vá, mas não dá não para andar na contramão

Acelerado e de boa, vamos conseguindo rir à toa.

Mudando as faces que borram a imagem do nosso grotão.

 

Todas as ametistas e quartzos, Deus e o cão ---.

São apenas opções que tomaram meus irmãos.

E eu respeitei... Um a um... E, no mínimo, rezei.

Hoje, sei por que preciso mergulhar e sentir-me água.

 

Como parte de ti, mãe-poderosa, guia em mulher

Que me aparece e me ajuda como uma bela estrada.

E eu falo com as palavras pintadas também

Porque somos cores, perspectiva e, às vezes, nada.

 

Como a arte, devoro a ciência...

 


(Cristiano Jerônimo – 02.06.2014)







 

Fogo e parabelo – Vitória do amor


Quanto mais ele foge ao seu longe

Mais longe é condenado à espera...

Evoluindo a nada do que foi ontem,

Correndo na vida entre outras feras.


Vive mais na morte e na guerra,

Que a maioria prefere ignorar...

Nos programas policiais enterram

Uma vida feita para morrer ou matar.

 

Exorcize! Desobsedie! Faça o simples brilhar.

E a relva deste pasto semiárido matará

A fome do teu gado, dos bichos, do legado...

(As famílias vieram, mesmo, do cheiro de mato).

 

E ele corre, em seu alcance, rumo a sua rendição;

Descobre no amor o porquê desta nova missão

De enfrentar tempos difíceis de se cumprir

Com a certeza exata para onde deve seguir.

 

E o que era violência e curiosidade ao mal

Deixa de se tornar algo “engraçado e banal”.

Quando aplicamos o saber por que isso acontece.

(E quando falta educação, a criminalidade cresce).

 

 

Cristiano Jerônimo – Custódia – 23.12.2009

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Não tremas nem temas


Nada me apreende quando se coloca em dúvida a minha liberdade e a existência de, pelo menos, uma saída para sanar.

Nem me surpreende um beco sem saída como um muro em que eu não possa pular quando desejo retornar.

A coragem de ir é a mesma de ficar, de voar, de voltar, de embarcar e sorrir depois da vida e da sorte; até mesmo após a morte.

Nada mais me surpreende na caçada da raça humana. Apenas alguns lampejos de sinceridade sem jugo ou insana maldade.

A covardia e a esquiva foram feitas para os seres fracos como aqueles que desrespeitam a si e culpam os outros pela própria tragédia.

O fato é que o desejo de fumar o ópio é mesmo muito melhor do que o ato de consumá-lo. Um acende e o outro apega. Vida é viva!

Nem mesmo a neve conseguiu me derrubar no corrimão idiota do dito dia de sol com a cabeça no meio fio.

Diga ao fraco que eu sou forte e ao feio lembre-o que sou belo, ao ponto de não me incomodar com julgamentos.

Prefiro o escuro natural das noites sem lua do que as artificiais luzes de natal que inebriam os bolsos dos incautos materialistas.

 

 (Cristiano Jerônimo Valeriano – 12.01.2025)


quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Só preciso grafar esta letra



Era outra pessoa

E eu pensava

Que ainda existia

O que eu senti

Lá atrás;

Mas o tempo

Foi amargo

Conosco

Comigo

E convosco;

Causou

Tanto estrago;

Brincadeira

É divertida

Para os dois

Mas a semente

Do mal trouxe

Ciclos de sete

Para aguar

O chiclete

Doce

Que amargou

Num tempo

Mais curto

Que a própria

Insanidade

Da loucura

Muda

Na qual vivias;

O semblante

Não correspondia

Mais ao reconhecível

Aquela não era a mesma

Pessoa

Trato isso agora numa boa

Só preciso grafar esta letra.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 09012025 – Orocó – PE)

Caminho guardado

Os psicotrópicos, a contradição. Esses propósitos uma outra ação positiva! Altiva, uma alternativa, uma solução.   Para qu...