*Cristiano Jerônimo
Nunca
estaremos preparados para aventuras ou investimentos cujos riscos se façam
presentes e dominantes. Muito porque somos ensinados historicamente a calcular esses
riscos. Ainda por cima, quando somos animais ariscos, indefesos e equivocadamente
livres. Não suportamos falta nem excesso, muito menos o equilíbrio. Então
inventaram o papel, a escravidão e o automóvel. Após a roda, essas são
facilidades vendidas pelas dificuldades que criamos. Nada que nos leve para longe
de nós mesmos, quando a gente é o motivo de toda a inquietação que gela e esquenta
o peito. As nossas dicotomias e contradições. O medo que o valente sente e não revela.
O cliente de um mundo que só acontece e só existe na outra ponta do invisível.
Aquilo que sonhamos e não é nosso. Tudo o que queremos e não sabemos por que
desejamos. De um polo a outro, do positivo ao negativo, o ser humano procura
estabilidade num mundo relativo e num universo em expansão, que – além de não
parar – suga a matéria em ralos de buracos negros absurdos. Foi perguntado à
mulher de preto: o que é um dia diante da eternidade do tempo?
(29.05.2025)
Um dia pode eternizar o tempo. Gerando memória. Eterno tempo.
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