A
aridez das esquinas do povo
Esse
olhar velho que é novo
Ninguém
consegue explicar
A
doçura no rosto dos loucos
Com
essa insensatez dos votos
O
empilhamento dos corpos
O
carro versátil que é moda
A limonada
que é essa soda
A
música brega que se toca
A
frase clássica ao proferir
Dinheiro,
às vezes, empobrece
Futuro
é estrada sem direção
Aprumados
seguem extradição
A
mão do pandeiro que desce
A
raiz da semente que cresce
Modernos
homens da caverna
Arenas
vis de Roma e Atenas
País
de generalizada baderna
Boas
vontades tão pequenas
Iludem
os patos da democracia
Nem
a força bruta nem canhões
Mas
aulas para nossos corações.
(Cristiano Jerônimo – 30.03.2025 – Garanhuns/PE)