quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Gira e mói



Eles nem se conhecem
ao menos sabem ao certo
que nada foi descoberto
sei que é isso que acontece
quando as pessoas crescem
e não conseguem caminho,
rumo, timo necessário à vida.

Na estrada mais comprida
incerteza de que vai mudar
e no atalho que não vai dar
aposta a sua alma e a vida
na terapia de saber viver
sair do casulo que é eterno
saber lidar com o moderno
e, com a vida, se organizar.


Parado no tempo sem dó
queixando-se que anda só
os vazios são preenchidos
os alados são no céu vistos
os que não voam padecem
e a insegurança vai e cresce
Abrindo asas em todos os vazios
Embora eles não sejam preenchíveis...
nunca o vazio vai fechar, nem o riso.
o parecer do melhor especialista,
para cada buraco que taparmos
dois outros aparecerão no lugar.

Bicicleta é uma engrenagem fria
que esquenta quando gira e mói
a saudade traiçoeira sempre dói
temos que ser intensos a cada dia
da inércia vivem os objetos parados
águas empoçadas que podiam correr
água em poça que cria lodo esverdeado
diferente da água corrente e do riacho.
Ele nem se conhece
sequer sabem ao certo
de que nada fora descoberto
isso é coisa que acontece
quando as pessoas crescem
e não conseguem caminho,
rumo, timo necessário à vida.
ser feliz não é ficar alheio
queijo suíço tem buraco até cheio.
se não plantar, não há colheita
se não se impuser, ninguém respeita.
(estes são tempos de trabalho
de base e organizações sociais
embora estejamos tão parados
e o povo se cansado de lutar, não.
mal do comandante militar.
Mas a cultura é uma arma
de revolução em massa
quente!
Que dá medo e ameaça
a todos eles, poderosos,
os ‘donos’ do nosso PIB).

Sentar num banco de praça
Sem sentir nenhuma ameaça
Que o melhor vem e atrai o bem
Sem ver a quem e a indulgência.


Cristiano Jerônimo Recife PE

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