segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Terra fecunda


Onde tem gente tem soluções
Para aprender com as solidões
Dos espaços vazios deixados
No meio do tempo no calo
Sapato apertado e solado gasto
Onde tem gente, há soluções
(A rima dos vaqueiros na boiada
Marrãs tangidas nas serras nuas)
A vergonha é fato que não existe
Respeitar as tribos, buscar juntas
O que é nosso de fato e de direito

Tão feliz por construir a casa
E depois reforma urbana
E também reforma agrária
Numa produção tão extraordinária
Que nossos sonhos precisam do chão
Para sustentação das raízes profundas
Cultivadas há anos em terras fecundas
Da imaginação, dos sonhos, de toda fé
Para cumprir o seu papel neste mundo
Com sua santa e viva feição de natureza
Alimentam pequenos riachos cristalinos
Que vão se embora mesmo com represas
Num mar de ilusões, compomos realidade
Tal a pauta do dia, que muda ao meio dia
E tudo havendo ao mesmo tempo na cidade
Ruas desertas e escuras da noite da Boa Vista
Levam ao paraíso, ao caos, e cada um que seja
Hoje eu tomo apenas três cervejas e ‘você veja’
Meu verso não tem nenhum sinal de conduções.
Apenas isso.



(Cristiano Jerônimo – 18022019)

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