domingo, 31 de janeiro de 2021

As que perdi (ancestralidade do ser)

 


Sem nada pra ganhar

Sem medo de perder

Eu sigo a acompanhar

Que se pode ter e ser.

 

As indulgências da vida

Sem manual de garantia

Recupera paz escondida

Recupera senso e alegria.

 

Toda vez que amanhece

A planta nasce e cresce

À luz do mundo oculto

Vivemos dando pulos.

 

Com tudo para perder

Aprender a daí ganhar

Eu sigo abrindo picadas

Pelas forças desarmadas.

 

A antiga arma de guerra,

A palavra, “pré-canhões”,

Os resquícios do estigma

Das batalhas de trovões.

 

Venci bento várias delas

Inclusive as que eu perdi

E logo cedo, eu aprendi

Esquecer todas as sequelas.

 

A ancestralidade do ser

Carrega no peito o duo

A vontade de sobreviver

Para na vida dar no duro.

 

No escuro, o silêncio bate

O invisível aparece no salto

Não temer altura no baixo

Nem temer altura lá no alto.

 

 (Cristiano Jerônimo – 31012021)

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