quarta-feira, 19 de maio de 2021

O alto e o baixo



A caipora anda voando

na fumaça do cigarro

Te pede mais um trago

Para você ir entrando.


Quando pedes licença à mata

para entrar nas montanhas

das curvas da vida serrana

No mato, em suas entranhas.


Os curupiras elementais

de uma formação rochosa

que nos leva aos ancestrais

Que viviam em suas locas.


Alto é tão belo quanto baixo

Num olhar desbravador e altivo

As frutas sobram nos cachos

As alturas rupestres, o superlativo.


Captação do mais sutil pensamento

Visão aguçada na reprogramação

dos dessabores da vida e luz de guia

Para apontar o que fazer o coração.


Lá em cima a gente decide o que faz

Se o que está embaixo é tão belo

No alto, a paisagem traz uma boa paz

E o despertar da alegria com o singelo.



(Cristiano Jerônimo - 19052021)

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