quinta-feira, 1 de julho de 2021

Rosa dos ventos



O frio de repente

Entra pela janela

De vidro transparente

Dá para ouvir o gelo

Sentir nas mãos e pés

A quebra das placas de água

Nadando no lago das sensações.

 

O vento de repente

Sopra ininterrupto

Constante e glacial

Sem exageros

Sobe e desce neblinas

Para brejos e colinas

Para todos os lados

Da rosa dos ventos.

 

A bússola invisível

Dos dias escuros

É a mesma guia

Das noites mais claras

Até deitar na proa

Olhar para estrelas

Que são tão raras

Na cidade do porto

Daquele rio morto

E dos rios vivos

Que ainda temos

Para contemplar.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 01072021)

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