Cada vez que suprimimos o abstrato
perdemos
mais nossa ancestralidade
O ter
concreto enxertado nos fatos
Apresenta sua
nova modernidade.
O sabor e
o dissabor nas entrelinhas
De um azul
parecido com céu aceso
E escuras
nuvens geladas e sozinhas
No real, no
espaço livre vive preso.
Nem sei
como as ciganas sabem dançar
Como elas
passeiam no vento do mundo
Levando as
verdades que têm pra contar
Desde o
mais raso, até o mais profundo.
A cobra usa
o inseto para atrair o pássaro
Para devorá-lo
porque tem que sobreviver
Igrejas
cobram dízimos e oferecem salmos
Sendo o
mais importante o que a gente crê.
O que a
gente cria e acredita, a vida é santa
Olhem para
os corações destas crianças
Com a
revolução, nem mesmo se espantam
São de
maracatus e brinquedos suas lanças.
Os seres
humanos em natura desencantam
Os
espíritos vivem e, na verdade, são vocês
No estado
mais sutil das religiosas danças
Não dá mais
para crer que são apenas três.
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