quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Meu avô desconhecia...


Coruja aberta nas asas da borboleta

Ferida fechada em área difícil acesso

Telegramas fonados e o intrigante 142

Vagarosamente correm os processos.

 

Artérias de asfalto não trazem sangue

Do que o homem é capaz é duvidoso

Motosserras na floresta e muito fogo

Uns cuidam para que não se enganem.

 

Ver o futuro para o outro é uma opção

Ou não é, e simplesmente é, esta vida

De detalhes tão nobres feitos de cobre

Miséria pouca e na cabeça a bobagem.

 

Que retroalimenta os dias dos jovens

Os guiam, teleguiam sua localização

Roubando a infância tenebrosamente

Diminuindo contato, o amor no coração.

 

Coisas que meu avô jamais aceitaria;

Sequer se daria ao trabalho de saber

Que nós vivemos numa gaiolocracia

Dependentes da esmola do governo

Coisas que o meu avô não conhecia.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 15122021)

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