quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Parece festa, mas não é


Um carrossel de pôneis

Montanha russa de unicórnios

Arco-íris, por do sol cor lilás

A certeza de que podemos muito mais.

 

Uma ciranda na beira do mar

Uma balada ouvida pelo ar

Espumas de ondas a quebrar

Lugares que a serra entra no mar.

 

Há cidades ribeirinhas, palafitas

O calo aperta, mas o povo não grita

Até a reconstrução do eu na identidade

“Fazer com” incluir-se na sociedade.

 

Observo os tamanhos das cidades

A partir da ótica do nosso cotidiano

A mente pode ser maior e tão liberta

Quando matamos os fantasmas que criamos.

 

É o momento no qual nos libertamos

E passamos a ver a nítida realidade

Sem acreditar em insinuações funestas

Sem acreditar que tudo isso é uma festa.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 16122021)

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