Essas ruas sem saídas
São ruas
onde pisaram
A liquidez
das índias
Das brancas
ocidentais.
Esses
seios sem leite
Essa cara só
de nada
A dureza
da estrada
Toda a sua
situação.
Esses becos
estreitos
Tem gente sobrando
Tem carros
andando
Rios tristes
nos leitos.
Esse medo
de espelho
Esta aversão
ao outro
Esse sangue
vermelho
Essas latas
de biscoito.
Essa ânsia
no cerne
Não dá
para relaxar,
As penas
do ninho
Não são para
voar.
(Cristiano
Jerônimo – 16022022)
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