terça-feira, 18 de outubro de 2022

Nada no peito



Aonde a vida te leva sua direção

As aves planam com o ar quente

A demora que custa um sermão

A gente se transforma em gente.

 

Os cabelos são os outros pelos

Cujas penas, a ave unta a óleo

Para atravessar os continentes

Conhecer e ficar bem de olho.

 

O homem criou a falta de vida

E sempre causa tantas feridas

Máquinas trabalham caladas

Fazendo o destino de la plata.

 

E não importaria como fosse

Se o homem tivesse pérolas

Diamantes e o mel mais doce

Ele mandaria tudo pelos ares.

 

O homem vai e desconstrói

E segue a saga construindo

Iludido em seu vil desatino

Passa dias inteiros sorrindo.

 

Nem justifica a vã violência

Num dito estado de direito

Políticos de excrescências

Pessoas sem nada no peito.

 

 

 (Cristiano Jerônimo – 18102022)

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