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Imagino a cena dele pensando: isso é um bando de otários. |
Falsos
profetas
Ganham dinheiro
Para mandar
O curandeiro
Direto pro
céu.
No paraíso
Entra primeiro
Quem paga
a folha
Do ano
inteiro.
Estás sem
dinheiro
Não fique
triste
Se não puder
Acima,
Deus existe.
Temos água
do Jordão
Unção do
suor do bispo
Fazemos cura
até pra cura
Usamos bem
o seu dízimo.
Há bancada
e emissoras
Para desafiar
o estado laico
Suas
propostas são ‘promissoras’
Não vi
nenhuma além dos lábios.
Fui lá
ouvir a palavra de Deus
E os
fariseus ofereceram o céu
Fiéis
abastados em um dia
Pirulitos
num boleto de papel.
Depois de botar
grana no chapéu
Ou receber
cachê para dizer
Que foi
curado e garantiu o céu
É preciso
muita fé para se crer.
Donos de
televisão lá no senado
Tudo para
manter o seu poder
Manipular fiéis
para o seu lado
“Milagrando”
para ter sem ser.
Robô do
desespero do incauto
Inocente
como um velho cão
À procura
de qualquer retalho
Que lhe
traga a paz, céu e pão.
Este é o
retrato do cinema mudo
Que corre
nas veias dos dias maus
Procuram
qualquer coisa em tudo
Recebem o ouro
e oferecem o céu.
Indulgências
modernas, antigas
Nada que
não houve tudo antes
Vendem até
uma surra de urtiga:
Como remédio
para dor, relaxante.
Vixe!
(Cristiano
Jerônimo – 05052023)
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