As
estradas do caminho
reconhecem
minhas botas
a timidez
de olhar teu riso
teu jeito rouco de andar
a minha carabina
de partir
a bandeira
para a paz
por lá
ficou e vai estar
do que não
mais vou partir
do que nunca
mais vou voltar
e de tudo
que há por vir
no cinema
da cidade de lá
o duelo e
a amizade
falta a
mim essa saudade
sigo em
frente
em linha
reta
escrevendo
na
primeira pessoa
não gosto
de metrópoles
sou feliz
em joão pessoa
o calor do
ser humano
sem a
frieza da garoa
as veredas
do caminho
conduzem-me
à uma tribo
sou um
índio repentino
sou um
homem, sou menino
sou um ser
a desvendar
as trilhas
que me desviam teu olhar.
(Cristiano
Jerônimo Valeriano – 29122024)
Nenhum comentário:
Postar um comentário