Cristalizo o pensamento
Em cima de um jumento
Carregando dois caçoas
Cheios de sentimentos.
Desde quando fui levado...
Estava gostando do sertão
Muito chumbo lá trocado
Cem perderam o coração.
Eras, futuro passado fui
Sentimentos no alforje
A razão lá no coração
Olhe como as coisas fluem.
O barreiro não decanta
O açude não enche mais
O matuto vai e se esvai
O cantador rima e canta.
Canta e encanta as noites
Rimas de bêbado boêmio,
Procurando seus devaneios
Num grande e ébrio vilarejo.
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