quarta-feira, 13 de outubro de 2021

O barreiro não decanta


Cristalizo o pensamento

Em cima de um jumento

Carregando dois caçoas

Cheios de sentimentos.

 

Desde quando fui levado...

Estava gostando do sertão

Muito chumbo lá trocado

Cem perderam o coração.

 

Eras, futuro passado fui

Sentimentos no alforje

A razão lá no coração

Olhe como as coisas fluem.

 

O barreiro não decanta

O açude não enche mais

O matuto vai e se esvai

O cantador rima e canta.

 

Canta e encanta as noites

Rimas de bêbado boêmio,

Procurando seus devaneios

Num grande e ébrio vilarejo.

 

 (Cristiano Jerônimo – 12102021)




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