sábado, 16 de outubro de 2021

O coletor de mel



Mais inocente que um cão de guarda

‘Abestado’, como diz lá no interior,

Que só um doido escorado numa enxada

Fazendo planos olhando para um beija-flor.

 

Mais puro que o inacreditável

Severino de Lalia exala o bem

De um jeito sempre amigável

Sem importar o que ele tem.

 

Mais honesto que um sem crédito

Os rostos são tristes nas janelas

Viúvas da seca, esperando maridos

Lembram de praias nunca vistas antes.

 

Sofrer com dinheiro no bolso é mais tranquilo

Sofrer sem dinheiro no bolso é mais desafiador

Como todos os dias que amanhecem amenos

E que farão agora, no inverno, a diferença.

 

 

(Cristiano Jerônimo – Valeriano – 16.10.2021)




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