Não se
nasce numa roda de samba sem dançar
Nem se
samba na roda aquele que não sambar
Vivem
na vida que dança e não param de bailar
São
corrupios impressionantes até o lado de lá.
São os
passos largos de quem serviu a pulso
Com seu
povo escravizado, corpo de mercado
Quem
não tinha corrente nem relógio de pulso
O ser
humano é mesmo um sujeito obstinado...
Aparece
para comer e dormir por todos os lados
Ao
mesmo tempo, nômade, fixa-se sem vontade
Num dos
cantos mais badalados daquela cidade
Onde a
desorientação e o medo viram a verdade.
Não se
planta uma planta se não se sabe plantar
Nem se
cutuca raposa choca em noite de luar
Nem se
bebe água no lugar onde não choveu
Os
adendos da caminhada são elementos seus.
No meu
libertário ser, não se encontra cérebro
O que
me move, de verdade, é o puro desafio
Bem estratégico
como um exímio enxadrista
Que
saiu tranqüilo e calmo, jogando pelo rio...
(Cristiano Jerônimo –
11052022)
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