quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Para sorrir e cantar



Ninguém pode ir

Embora de si

Mesmo assim

Eu corro

Vivo e morro

Nasço de novo

É sempre assim...

 

Aonde for,

Acompanho-me

Sonhar eu sonho

E fico risonho

Ao tomar banho

Nas cachoeiras

Água, fogo,

E diversão...

 

Aonde fores

Irás contigo

Também

Assim verás

O que se ganha

No que é habitual

Aquelas flores

Tantas manhas

Uma criança que havia lá

Que fez se perder

No verbo que havia de estar.

 

Foi um engano

Impossibilidade

Feliz por ter voltado

Corri para ser libertado

De uma vida

Que não foi esclarecida

A estrada dolorida

Enganosa nessa vida

Há de outra coisa voltar

Para o mesmo lugar

De onde nunca

Deveria ter saído.

 

Ainda me falam de amor

Música, carro e futebol

A verdade que se mente

Num passado obscuro

O futuro que engana

A certeza do presente

Quem não sabe revelar

Sequer o que é verdade

Na doentia crueldade,

Aqueles sapatos velhos

Foram doados na cidade

E eu fiquei assim: feliz...

Muito feliz pela caridade.

 

O Nordeste

Dos amores

E filhos

Confiados por Deus

Para nos agradar

E voltarmos a acreditar

Que dos amores que foram

Sempre outro amor virá

Para sorrir e cantar............

 

 

(Cristiano Jerônimo – 27.08.2024)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Religioso e profano

A solidão com vista pro mar de Marina Trata-se de 24 horas de Barra/Ondina Vida nova; para poder se reinventar No caos que, de repen...