Do alto da minha infância,
vi uma
criança adulterada.
Havia uma grande crença,
mil mulheres
abandonadas
elas
enganando enganadas
passando
no nosso caminho
percorrendo
a nossa estrada.
Quem sou
eu para ir julgar?
no topo da
pirâmide vulgar
na doença
que não se trata
na doença
que se maltrata
na velhice
de andar sozinha.
E não ver
nos rostos a alegria
só agonia
e lamentos que ferem
acolhe-se,
ama-se e adquirem-se.
O afeto
afetado é um engano
o engano é
um pássaro sem asas
que voa,
mas nunca vai pousar.
(Cristiano Jerônimo – 30.06.2025)

Nenhum comentário:
Postar um comentário