segunda-feira, 29 de março de 2021

Duas estradas (4/4)


Aqui, na mata virgem, cobras voam

enquanto o veio do vale ecoa água.

Sempre estará bem mais moderno

o defender da bolacha de cada dia 

zarpar para pescar de manhã cedo

cortar os sete-mares sem medos.

do outro lado, a sua companhia

 

Seu coração bondoso só brilha

foi a água do mar que limpou

que lavou os pés da sua filha

e o meu anel de atlante clareou

 

sua silhueta há muito me é familiar

a união é explicável pelo Divino

que uniu duas estradas num destino

e, como menino, procuro e te encontro.

 

Abri a porta e ergui minha espada

não abro da luta pelo bom senso

às vezes não acredito em um fim

outras não acredito em mais nada.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 25032021 – Ubatuba – SP)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Somos animais