Nada me
apreende quando se coloca em dúvida a minha liberdade e a existência de, pelo
menos, uma saída para sanar.
Nem me surpreende um beco sem saída como um muro em que eu não possa pular quando desejo retornar.
A coragem de ir é a mesma de ficar, de voar, de voltar, de embarcar e sorrir depois da vida e da sorte; até mesmo após a morte.
Nada mais me surpreende na caçada da raça humana. Apenas alguns lampejos de sinceridade sem jugo ou insana maldade.
A covardia e a esquiva foram feitas para os seres fracos como aqueles que desrespeitam a si e culpam os outros pela própria tragédia.
O fato é que o desejo de fumar o ópio é mesmo muito melhor do que o ato de consumá-lo. Um acende e o outro apega. Vida é viva!
Nem mesmo a neve conseguiu me derrubar no corrimão idiota do dito dia de sol com a cabeça no meio fio.
Diga ao fraco que eu sou forte e ao feio lembre-o que sou belo, ao ponto de não me incomodar com julgamentos.
Prefiro o escuro natural das noites sem lua do que as artificiais luzes de natal que inebriam os bolsos dos incautos materialistas.
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