Para
flutuar e aparecer na tua janela, entre o vidro e o mar. Voar e morar no ar e
aterrissar, fazendo das nossas mentes o prazer das almas dos nossos corpos. Eu
não precisaria de elevador. A minha terra é plana até certo ponto, precisamente
até onde eu preciso andar. Eu até já pulei do trem. Era ali que eu queria
descer, mas no rio o barco me levou a sua região, no mar o tempo estava calmo
temporariamente e os nossos corpos não estavam frios o bastante para não sentir
calor. A temperatura éramos nós que regulávamos. O tchi das garrafas d’água
sobre nossas cabeças eram degustadas das melhores fontes minerais.
Para
sobrevoar tua vida, não seria invasão se eu tivesse a capacidade de amar sem
limitar; também se pudéssemos melhorar mais e mais a cada dia. A harmonia não
precisaria significar que todos os dias tudo seria tudo feliz. Era só enfrentar
o outro tempo e perceber um amanhecer diferente, sempre, ininterruptas vezes.
Quantas necessárias. “Mas tudo é tão difícil. Eu quero é mais fácil...”, canta
Marina, para encerrar este bilhetinho.
(Cristiano Jerônimo - 02.10.2025)
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