Literomania: Mão que suja

sábado, 11 de outubro de 2025

Mão que suja

A A.s

O gosto amargo de egoísmo e ingratidão

Não tem como não atingir bocas sensíveis

Não tem como fazer o bem, seja em vão...

Observar sentimentos assim tão terríveis.

Ultrapassaram a barreira entre a doença

E a maldade, a crueldade do mundo cão

Eu jurei que éramos todos seres do bem

Mas, na hora H, ninguém. Fui pro porão.

Nunca viu pedras de ketchup congelado

Doutor Fausto fez pacto com o demônio

Desde então, não mandou mais o recado

Ela é dos males esse mesmo heterônomo.

Uma síncope de morder e assoprar o nada

Atingindo o tudo onde jamais se enquadra

Perturbando a própria mente que se acaba.

Quando ninguém é obrigado a ser monge

Uma mão vai e se aproxima; a outra foge

Uma mão lava e sempre a outra te enodoa.

(Cristiano Jerônimo – 11.10.2025)

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Não acredite se ouvir também. Eu sei....

Há muito tempo eu ouvi dizer / Que um homem vinha pra nos mostrar... / Que todo o mundo é bom... / E que ninguém é tão ruim. ///// O tempo voa e agora eu sei que só quiseram me enganar /// Tem gente boa que me fez sofrer / Tem gente boa que me faz chorar, me faz chorar... /// Agora eu sei e posso te contar, Não acredite se ouvir também / Que alguém te ama e sem você não consegue viver, não consegue viver........ //// Quem vive, mente / Mesmo sem querer, mesmo sem querer / E fere o outro, não pelo prazer /// Mas pela evidente razão, sobreviver............. / Não é possível mais ignorar // Que quem me ama me faz mal demais // Mas ainda é cedo pra saber // Se isso é ruim ou se é muito bom. /// Quem vê o seu rosto só pensa no bem, que você pode fazer a quem tiver a chance de te possuir, de te possuir!!!! //// Mal sabe ele como é triste ter, como é triste ter /// Amor demais e nada receber // Que possa compensar o que isso traz de dor...” (Freddy Haiat / Guilherme Isnard).

Amor Postal

Sétimo livro de poemas de Cristiano Jerônimo Valeriano, este impresso traz uma parceria editorial com a médica paulista Andréa de Carvalho Pereira. São poemas de Jerônimo, produzidos e selecionados durante a Pandemia Covid-19. Retrata um momento reflexivo diante do que estava acontecendo naqueles tempos pandêmicos e a importância de sobreviver com a presença do amor. A capa e a contracapa são assinadas por José Pedro Moreira Valeriano, que ainda compôs a ilustração "Sertanejo moderno" em referência ao autor. Andréa, que também é artista plástica, pintou três ilustrações coloridas que abrilhantam a obra. A edição foi limitada e a tiragem está esgotada.

Os pedaços dos retalhos de Bebeth (2021 – Editora Carcará)

Sexto livro do escritor Cristiano Jerônimo e o primeiro no gênero Romance/Prosa, a obra conta a história de uma jovem sertaneja de família tradicional do interior de Pernambuco que deixa a família no interior do seu estado para estudar na capital, Recife. A estrutura narrativa de “Os pedaços dos retalhos de Bebeth” segue um formato não linear, onde a protagonista revisita momentos de sua vida por meio de memórias fragmentadas e reflexões pessoais. O livro utiliza uma abordagem intimista e sensorial, explorando temas como sexualidade, superação e identidade. A narrativa é construída com saltos temporais, alternando entre o passado e o presente, o que permite ao leitor acompanhar a evolução da personagem e compreender os desafios que ela enfrenta. Além disso, há um forte uso de descrições detalhadas e diálogos introspectivos, que ajudam a criar uma conexão emocional com a jornada da protagonista, Bebeth. O que ninguém contava é que essa história acabaria com um final tão surpreendente.

A mística da palavra (2020 – Editora Carcará)

Com projeto gráfico todo em preto e branco, este ebook apresenta uma compilação de poemas baseados no universo quântico dos conhecimentos das antigas escolas egípcias de mistérios, além de explorar conhecimentos xamânicos, ciganos e incas, entre outros aspectos místicos. O místico é aquele que aspira a uma união pessoal ou a unidade com o Absoluto, que ele pode chamar de Deus, Cósmico, Mente Universal, Ser Supremo etc. (Lewis, 1974). Com um projeto gráfico e editorial do próprio autor, o livro está na fila para ganhar sua versão física. Foi lançado oficialmente na sede da União Brasileira dos Escritores – Seccional Pernambuco (UBE-PE), em Casa Forte, Recife.

Redenção de Poeta (2008 – Editora CCS)

Um dos mais emblemáticos livros de Cristiano Jerônimo, Redenção de poeta foi escrito, produzido e lançado no ano de 2008. É um fruto do processo de redescoberta existencial do autor, com víeis terapêutico e de autoconhecimento holístico. A obra carrega uma aura de auto ajuda, do ponto de vista de oferecer ao leitor a possibilidade de auto questionamento para suas próprias conclusões. A capa e as ilustrações coloridas do miolo são aquarelas, exclusivas para o livro, pintadas pelo multiartista Lula Côrtes.,Teve o seu primeiro lançamento na extinta Livraria Cultura, no Bairro do Recife. (Esgotado)

Confissões de esperança (1999 – Editora Comunigraf)

Classificado como um livro “anárquico tropical”, Confissões... apresenta poemas de cunho social com críticas ao status quo regente, abordando temas mais intimistas com uma estética predominante da escola do realismo fantástico. Possui um controverso projeto gráfico composto por uma composição gráfica caótica. O autor assina o projeto gráfico. A obra teve seu primeiro lançamento no antigo Bar Royal, no Bairro do Recife, em 1999. Também apresenta o formato 15cm x 15cm. (Esgotado)

Ribeira de Mar dos Arrecifes (1994 – Editora Comunigraf)

Recebe no título o primeiro nome do Recife (PE) datado do início do século 16, quando a cidade era ainda apenas uma vila de pescadores no hoje conhecido Bairro do Recife. O livro é fruto de uma pesquisa bibliográfica sobre a origem, o desenvolvimento urbano, os aterros, as sucessivas intervenções urbanísticas e as contradições da urbe. Os poemas são carregados de musicalidade e conta com 10 ilustrações, em monotipia, do multiartista Lula Côrtes. O impresso inaugura o experimento do formato pocket book com 15cm x 15cm. (Esgotado)

Eu’s no Azul do Infinito (1993 – Editora Universitária)

Primeiro livro do autor, a obra foi escrita entre os anos de 1989 e 1992. Com forte influência existencialista, o impresso é composto de duas partes. Os cerca de 100 poemas são divididos entre os do Céu e os da Terra. Tem influência de leituras da física quântica e de um espiritualismo agnóstico. O prefácio é do multiartista Lula Côrtes. Formato 14cm x 21cm. O lançamento da obra deu-se numa grande festa e recital de poesia na lendária Livraria Livro 7, na rua Sete de Setembro. (Esgotado)