Ninguém via a necessidade
De decompor o reciclável
O sujo de toda uma cidade
Rica, pujante e miserável.
Eu confio meu coração ao pajé
Até mesmo para ir ao fundo do ar
Podia desenhar o amanhecer.
Mesmo em pleno fim do dia
Podia ter sem como não ser
Até quando tudo subia e caía.
Não confiei em representante
Desconfie muito, até distante
Das bandeiras desbotadas.
Veio o tempo do hierofante
Quando o véu não escondia
Nada da mistificação de antes.
Da ilusão que viveram e guardaram
Dentro da caixa da realidade quista
Uma importante e pobre conquista.
(Cristiano
Jerônimo – 17 de agosto de 2021)
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