Esse tesouro chamado desejo
Mora distante e é arriscado
Insistente quando vai entrar
E displicente quando vai sair.
Quem não belisca
Não petisca
Salte alto na pista
E voe muito mais.
Se puderes sair
Dobrar todas as esquinas
E voltar
Na reformatação da ida
No beijo daquela menina
E no sangue dos meninos
Da Favela da Roda de Fogo,
Entenderás o que falam.
Esse clarão chamado vida
Tem na luz a ininterrupção
Das nossas cores cobertas
Um certo dia vai fervendo
Os fungos decompondo
O dia a dia do cotidiano
De um sujeito normal
Seus grilos e agregados.
Me representa bem a tinta
A cor da edição dos impressos
Da molecada que a gente
Viu longe, na periferia
Um pedaço de um jornal.
Para avançarmos
Em gerações
Bem maiores
Sigamos o sino
Dos dias melhores.
(Cristiano
Jerônimo – 19082021)
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